" ...A brincadeira simbólica, ao representar a realidade do jeito que a criança a vê e sente, não é uma negação da mesma, como tão bem assinalam Lebovici e Diatkini (1988), mas uma situação provigiliada de aprender a lidar com as funções e relações sociais.
O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defencivas. Ao brincar de que é mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e confiável.
O brincar, por ser uma situação onde predomina o prazer sobre a tensão, favorece o relaxamento e consequentemente a emergência de novas ideias, a criatividade que combina conteúdos e dinâmicas conscientes e inconscientes. Do ponto de vista psicológico, assumir os riscos de inovar alguma coisa faz parte do processo humano de desenvolvimento e supõe a crença, a confiança em si e no grupo, que torna suportável e até desafiador o medo do desconhecido.
A inteligência é essencialmente interativa. Ela só se expande, agiliza e flexibiliza no contato afetivo e efetivo com o outro. Conhecer melhor como você reage, raciocinia, cria, constrói e executa planos de ação, enfim, como sua inteligência funciona, contribui fundamentalmente para que você a desnvolva e utilize melhor inclusive, na sua relação com os outros...."
Trechos retirado do livro O brincar e a criança do nascimento aos seis anos, a aprtir deles é possivel perceber que o ato do brincar pode e deve ser explorado na escola.
OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petropólis, RJ: Vozes, 2000.
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