nos propomos a...

Este blog foi criado para o "grau b" ou "grau 2", tão conhecido pelos estudantes universitários.
Somos todas estudantes do Curso de Pedagogia da UNISINOS (São Leopoldo/RS) e nos propomos a, neste espaço, discutir sobre os Anos Iniciais, que se trata de um dos nossos focos (por lei) de atuação.


Então, o que podemos encontrar aqui?
Informações, de cunho científico, principalmente, acerca do processo de alfabetização, da ampliação do ensino fundamental de 8 para 9 anos, dos espaços de atuação, do currículo.


Observação: Se, por acaso, houver falhas na escrita e/ou,
principalmente, na organização do blog, nos perdoe, visitante. Somos estudantes, na correria do semestre, que não temos uma vida "bloggeira" e, portanto, estamos nos apropriando, também, deste espaço.































sexta-feira, 10 de junho de 2011

"Português padrão e Português não-padrão"

O autor Carlos Bagno publicou o livro "A língua de Eulália:novela sociolinguistica", que fala sobre o preconceito linguistico, ou seja, um preconceito que circula em nossa sociedade contra as pessoas que falam uma lingua diferente da ensinada nas escolas.
O livro foi escrito em forma de narrativas com personagens dinâmicas e que falam muito o tempo todo, também é uma leitura agradavél e de fácil entendimento.
O peconceito linguistico é um conjunto de ideias que se baseiam na crença de que existe somente uma única língua portuguesa aceita em nossa sociedade, ou seja, aquela ensinada nas escolas e prescritas nas gramáticas, e que o preconceito surge no momento em que se foge desse dominio escolar normativo e passa a ser considerado "errado", "feio", "deficiente".
O portugues não- padão é a lingua da grande maioria pobre, ou seja, utilizado por pessoas de classes sociais desprestigiada, marginalizada, e oprimida pela terrível injustiça social que impera no Brasil, como disse anteriormente, passa a ser considerado "feio", "deficiente", enfim ideias que resultam da simples ignorância dos mecanismos que governam a lingua não -padrão.
Este preconceito é muito grave, porque faz com que a criança que chega a escola falando um português não-padrão seja considerada uma "deficiente linguistica", quando na verdade ela fala uma lingua diferente daquela que é ensinada nas escolas.
Então muitas vezes essa criança se sente desprezada, por não ter seu direito linguístico reconhecido como tal, por ser obrigada a assimilar conceitos veínculados numa variedade de português que é estranho para ela, essa criança, acaba não encontrando nenhum estímulo para prosseguir seus estudos, incluindo aí questões sócio economicas que as obrigam a trabalhar muito para ajudar em casa, fator que favorece para que essa criança não permaneça na escola.
Este livro nos faz compreender que o português não-padrão é uma língua como qualquer outra, com regras coerentes com uma lógica linguística perfeitamente demostrável, talvez até fosse possivel abandonar os preconceitos que vigoram hoje em dia no nosso ensino da língua materna. O presente livro vem contribuir para que o português não-padrão deixe de ser visto como uma língua "errada" falada por pessoas intelectualmente "inferiores" e passe a ser visto como uma língua bem organizada, coerente e funcional, deixando bem claro que não se pretende propor uma substituição da norma padrão pela norma não padrão como objeto de ensino, mas mostrar que existência de uma variedade padrão desejável e necessária para que exista um meio de expressão comum a todos as pessoas cultas de um pais, mas que ela não seja ensinada como a única variedade existente, mas como uma outra variedade, mais uma que a pessoa poderá usar, enriquecendo assim sua bagagem linguística.

BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. São Paulo. Contexto, 2003.

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